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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Onde nasceram os Tambara?

Oi, Familia Tambara

A Cláudia Antonini,  gentilmente nos repassou informações atualizadas acerca da origem da família Tambara.

São elas:

"Rackel,


temos grandes novidades!

Achamos em Oppeano o Stato Famiglia do Paolo Tambara com o nome de todos os filhos, datas e locais de casamento, descobrimos que ele se transferiu para San Giovanni Lupatoto em 07/09/1882, assim como a maioria de seus irmãos e esposas.


Permaneceram cerca de 9 anos em San Giovanni Lupatoto e alí nasceu a filha Carlotta Maria em 1889, achei estranho que casaram em 1882 e só aparece a primeira filha 7 anos depois... Naquela época, sem anticoncepcionais era comum ter filhos no primeiro ou segundo ano ao máximo de casamento.

Depois, creio que em 1890 foram para Caldiero, onde nasceram a Paolina (1891), o Anselmo (1893) e a Teresa (1895), em 1896 estavam vindo para cá.

Tem o endereço da família em Caldiero, local onde nasceram estes filhos, na via Cendraro 205. Olhei no google e tem uma grande propriedade rural lá, provavelmente onde moraram todos estes Tambara que se transferiram.

Achamos o registro de expostos da Eufemia Maria Rosa Lumini, a mulher do Francesco. É uma história triste, ela foi entregue a um orfanato e passou por várias casas até os 7 anos quando enfim foi acolhida por uma família de Oppeano. Estou buscando o batismo dela agora onde poderá ter mais informações sobre a mãe, a Anna Burgstaller, no nascimento da Eufemia Maria Rosa Lumini, só diz que a mãe Anna é originaria de Land. Todas as regiões austricas chamavam-se Land + alguma coisa, quero ver se descubro qual Land exatamente.


No Stato Famiglia aparece tb que o Paolo Tambara é filho de Antonio Tambara e Lucia Stefani, que nasceu aos 05/08/1823 em Palù, e que a Anna Maria Broggio, sua esposa, é filha de Giuseppe Broggio e Teresa Lamberto e nasceu aos27/02/1826 em Oppeano. Eles casaram em Oppeano aos 06/02/1850. A profissão do Paolo era Bovajo o que significa vaqueiro.


Neste documento também tem os nomes e datas de casamento dos irmãos do Francesco Tambara e seus respectivos casamentos, data e esposas.

Estou aprofundando mais e assim que me chegarem os documentos passo cópias a todos.

Abraço.

Claudia Antonini".

quinta-feira, 18 de março de 2010

TAMBARA NO BRASIL - Os primeiros imigrantes

 Os registros de entrada de imigrantes no País, mostram que foram TRÊS, os grupos com o sobrenome TAMBARA a emigrar para o Brasil.

Aqui desembarcaram os seguintes Patriarcas e suas famílias, vindos da Itália:

DATA DE CHEGADA: 27/12/1888

NOME: GIOVANNI BATTISTA TAMBARA - 37 ANOS - Chefe,

Origem: Itália, Região do Vêneto, Província de  Verona, Comune de Cerea, Navio Ádria,
Destino: Porto de São Mateus, Estado do ESPÍRITO SANTO,  filho de Eliseo Tambara e Rosa Gobbi

Acompanhado dos seguintes familiares:

-Lavinia Miglionini Tambara 33 anos, esposa, Verona/Cerea, filha de Domenico Domenico Migliorini e  Anunciatta Mistura;
-Cleofe Tambara 2 anos,  filho do casal, Verona/Cerea;
-Elisabetta Tambara 5 anos, filha do casal, Verona/Cerea;
-Erminia Tambara 6 anos, filha do casal, Verona/Cerea.


DATA DE CHEGADA: 12/01/1889 


NOME: LUIGI TAMBARA - 65 ANOS - Chefe,

Origem: Itália/Verona;
Destino: São Paulo-SP

Acompanhado dos seguintes familiares:

Giovanni Tambara, 37 anos, filho;
Albino Tambara 23 anos, filho;
Rosa Tambara 24 anos, filha ou nora
Luigi Tambara 1 ano, provavelmente, neto


DATA DE CHEGADA: 16/08/1896

FRANCESCO TAMBARA, 38 anos, Chefe, filho de Paolo Tambara e Maria Braggio

Origem:Itália, Verona/Oppeano Rio de Janeiro, navio Vitória;
Destino: Jaguari-Rio Grande do Sul

Acompanhado dos seguintes familiares

- Eufêmia Lumini Tambara, 35 anos, esposa, Verona/Oppeano;
- Maria Tambara, 6 anos, filha do casal,Verona/Oppeano;
-Paulina Tambara,  4 anos, filho do casal, Verona/Oppeano;
-Anselmo Tambara, 2 anos, filho do casal, Verona/Oppeano
-Theresa Tambara, 10 meses, filha do casal, Verona/Oppeano

Tiveram mais dois filhos no Brasil, Urbano Tambara e Fortunato Augusto Tambara, nascidos em Jaguari-RS
(Correção do post anterior-Colaboração de Sérgio Tambara)

Fonte:
Arquivo Público do Estado do Eapírito Santo
Arquivo Público do Estado do Rio Grane do Sul
Arquivo Público do Estado de São Paulo

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Jaguari-RS



Jaguari, conhecido como a "cidade das belezas naturais", é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Jaguari (Jaguar-hy) é uma palavra de origem guarani e significa "rio do jaguar". Jaguari localiza-se a uma latitude 29º29'51" sul e a uma longitude 54º41'24" oeste, estando a uma altitude de 112 metros. Sua população estimada em 2004 era de 12.354 habitantes e, em 2007, de 11.626 habitantes, segundo o IBGE. Com uma área de 861.42 km quadrados, o município é banhado pelo rio Jaguari, afluente do rio Ibicuí. Localiza-se na Região Centro-oeste do Estado, possui como limites ao Sul, São Vicente do Sul e Mata - Leste, Jari - Oeste ,São Francisco de Assis e Nova Esperança do Sul.

Fonte: Wikipedia

 

Comune de Oppeano-Província de Verona


Oppeano é uma comuna italiana da região do Vêneto, província de Verona, com cerca de 7.301 habitantes.  Estende-se por uma área de 46,95 km², tendo uma densidade populacional de 159 hab/km². 
Faz fronteira com Bovolone, Buttapietra, Isola della Scala, Isola Rizza, Palù, Ronco all'Adige, San Giovanni Lupatoto, Zevio.

Fonte: Wikipedia

O italiano que está em mim

Cláudia, nascida em 1966, no bairro Cavalhada(Porto Alegre), cidadã italiana há 15 anos, formada em Comunicação Social em 1989, com mestrado e atuação na Itália declara:

‘Em 1996, voltei ao Brasil e, para ajudar os amigos, abri um escritório de assessoria na obtenção de cidadania italiana. Meu pai NATAL TAMBARA ANTONIN, nasceu no Marmeleiro(Jaguari-RS), onde sua família tinha moinho e negócio de secos e molhados.

Os Tambara vieram de Verona em 1896. Os bisavós, Francesco Tambara e Eufemia Lumini partiram de Gênova com os filhos Teresa, minha avó, Paolina e Anselmo. Francesco nascera em Oppeano-VR. Foi professor por 43 anos em Jaguari e exigia dos filhos a leitura da Divina Comédia. Faleceu em 1939, desgostoso com o fechamento de sua escola durante a campanha de nacionalização de Getúlio Vargas.

A avó, Eufemia Lumini, filha de pai desconhecido e de Anna Burgstaller, nasceu em 1861 em Verona e foi entregue ao orfanato local. Faleceu em 1936 no Marmeleiro. Nossa cor morena vem do bisavô Francesco Tambara. Seu sobrenome só existe em Verona e significa trovejar. Logo eu, que dou um dedo para evitar uma briga e um braço para não sair...

A família Antonini, de Motta di Livenza-TV, chegou em 1888 e era assim: Antônio Domenico e Marina Franzin e os filhos Giovanni, Genoveffa, Guido, Cattarina e Francesco. Gildo nasceu quatro anos após a chegada.

Meus avós, Teresa e Gildo, casados em Jaguari, tiveram os filhos Ermelinda, Attilio, Olindo, Orlando, Duvilio e Natal, que é meu pai.

A morte do nono Gildo, quando o pai tinha 15 anos, forçou a migração para Porto Alegre, onde recriaram a atmosfera de Jaguari, falando talian, morando em casa com cozinha separada, mais pomar, parreiral, tachos de fazer sabão, tinas de quarar roupas, fogão à lenha, muitos gatos, café da manhã com polenta brustolada, leite e ovo mole. Passei muitas manhãs de sábado cortando gnocchi para o almoço. Este era servido com carne de panela recheada com toucinho e molho de tomate. Lembro da massa, espichada em rolo de madeira, para a minestra de fasoi, e dos pedaços de massa que surrupiávamos para tostar com açúcar sobre a chapa do fogão...

Um dos fatos que marcaram a minha italianidade foi descobrir a origem do termo papagnoco, que a nona Teresa usava quando fazíamos alguma bobagem. Em 1990, estando eu pela primeira vez em Verona, ouvi a mesma palavra quando vi aproximar-se um bufo e gordo cozinheiro, agitando enorme garfo, com um grande gnoco. Era o palhaço do carnaval de Verona – Il papà dello gnoco-, que distribuía, no Vernadignocolar, nhoques gratuitamente, tradição que remonta ao século XVI, quando o nhoque era oferecido aos moradores sobre La piera Del gnoco, que hoje está em frente à Catedral de San Zeno, junto à estátua decapitada de Tomaso da Vico, fundador do carnaval Veronês.

Sabia que os Antonini eram de Treviso. A nonina contava que atravessavam uma ponte de ferro austríaca para ir ao santuário da Madonna, que eu pensava que jamais viria a conhecer. Mas consegui! Fui às bibliotecas de Treviso e à Cúria para saber onde havia pontes de ferro austríacas perto de santuários, e os marquei num mapa. Ao atravessar a primeira ponte, entrei no Santuário da Madonna di Livenza, assisti à missa, e fui falar com o padre, que me levou à pia batismal, e me disse:

-Guarda, qui i tuoi sono stati battesati!

Esperei um bom tempo para que me mostrasse os documentos, cujas inesperadas páginas marquei com lágrimas de emoção”.


Fonte:
CORREIO RIOGRANDENSE – Cultura da Imigração, página 16, Cláudia Antonini-Comunicadora-Porto Alegre.

Claudia Antonini


Mestre em Relações Públicas Européias, em Roma, e bacharel em Comunicação Social, Relações Públicas, na PUC-RS. Cursou especialização para Professores de Italiano na Universidade de Perugia, Itália, e no Brasil, seguiu cursos de Cerimonial e Protocolo, Publicidade, Marketing Cultural e Comunicação de Empresas entre outros. No Brasil trabalhou como RRPP na TV Bandeirantes e em agências de publicidade do RS e SC e na Itália trabalhou no Studio Magnani e no Ente Fiera da Prefeitura de Verona. Foi operadora do Patronato Assistencial ITAL, da Unione Italiana Lavoratori, na sede de Porto Alegre. Desde 1997 tem Studio especializado em processos de Cidadania Italiana. Experiente tradutora, versou livros publicados e atua constantemente como profissional de tradução simultânea.