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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Jaguari-RS



Jaguari, conhecido como a "cidade das belezas naturais", é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Jaguari (Jaguar-hy) é uma palavra de origem guarani e significa "rio do jaguar". Jaguari localiza-se a uma latitude 29º29'51" sul e a uma longitude 54º41'24" oeste, estando a uma altitude de 112 metros. Sua população estimada em 2004 era de 12.354 habitantes e, em 2007, de 11.626 habitantes, segundo o IBGE. Com uma área de 861.42 km quadrados, o município é banhado pelo rio Jaguari, afluente do rio Ibicuí. Localiza-se na Região Centro-oeste do Estado, possui como limites ao Sul, São Vicente do Sul e Mata - Leste, Jari - Oeste ,São Francisco de Assis e Nova Esperança do Sul.

Fonte: Wikipedia

 

Comune de Oppeano-Província de Verona


Oppeano é uma comuna italiana da região do Vêneto, província de Verona, com cerca de 7.301 habitantes.  Estende-se por uma área de 46,95 km², tendo uma densidade populacional de 159 hab/km². 
Faz fronteira com Bovolone, Buttapietra, Isola della Scala, Isola Rizza, Palù, Ronco all'Adige, San Giovanni Lupatoto, Zevio.

Fonte: Wikipedia

O italiano que está em mim

Cláudia, nascida em 1966, no bairro Cavalhada(Porto Alegre), cidadã italiana há 15 anos, formada em Comunicação Social em 1989, com mestrado e atuação na Itália declara:

‘Em 1996, voltei ao Brasil e, para ajudar os amigos, abri um escritório de assessoria na obtenção de cidadania italiana. Meu pai NATAL TAMBARA ANTONIN, nasceu no Marmeleiro(Jaguari-RS), onde sua família tinha moinho e negócio de secos e molhados.

Os Tambara vieram de Verona em 1896. Os bisavós, Francesco Tambara e Eufemia Lumini partiram de Gênova com os filhos Teresa, minha avó, Paolina e Anselmo. Francesco nascera em Oppeano-VR. Foi professor por 43 anos em Jaguari e exigia dos filhos a leitura da Divina Comédia. Faleceu em 1939, desgostoso com o fechamento de sua escola durante a campanha de nacionalização de Getúlio Vargas.

A avó, Eufemia Lumini, filha de pai desconhecido e de Anna Burgstaller, nasceu em 1861 em Verona e foi entregue ao orfanato local. Faleceu em 1936 no Marmeleiro. Nossa cor morena vem do bisavô Francesco Tambara. Seu sobrenome só existe em Verona e significa trovejar. Logo eu, que dou um dedo para evitar uma briga e um braço para não sair...

A família Antonini, de Motta di Livenza-TV, chegou em 1888 e era assim: Antônio Domenico e Marina Franzin e os filhos Giovanni, Genoveffa, Guido, Cattarina e Francesco. Gildo nasceu quatro anos após a chegada.

Meus avós, Teresa e Gildo, casados em Jaguari, tiveram os filhos Ermelinda, Attilio, Olindo, Orlando, Duvilio e Natal, que é meu pai.

A morte do nono Gildo, quando o pai tinha 15 anos, forçou a migração para Porto Alegre, onde recriaram a atmosfera de Jaguari, falando talian, morando em casa com cozinha separada, mais pomar, parreiral, tachos de fazer sabão, tinas de quarar roupas, fogão à lenha, muitos gatos, café da manhã com polenta brustolada, leite e ovo mole. Passei muitas manhãs de sábado cortando gnocchi para o almoço. Este era servido com carne de panela recheada com toucinho e molho de tomate. Lembro da massa, espichada em rolo de madeira, para a minestra de fasoi, e dos pedaços de massa que surrupiávamos para tostar com açúcar sobre a chapa do fogão...

Um dos fatos que marcaram a minha italianidade foi descobrir a origem do termo papagnoco, que a nona Teresa usava quando fazíamos alguma bobagem. Em 1990, estando eu pela primeira vez em Verona, ouvi a mesma palavra quando vi aproximar-se um bufo e gordo cozinheiro, agitando enorme garfo, com um grande gnoco. Era o palhaço do carnaval de Verona – Il papà dello gnoco-, que distribuía, no Vernadignocolar, nhoques gratuitamente, tradição que remonta ao século XVI, quando o nhoque era oferecido aos moradores sobre La piera Del gnoco, que hoje está em frente à Catedral de San Zeno, junto à estátua decapitada de Tomaso da Vico, fundador do carnaval Veronês.

Sabia que os Antonini eram de Treviso. A nonina contava que atravessavam uma ponte de ferro austríaca para ir ao santuário da Madonna, que eu pensava que jamais viria a conhecer. Mas consegui! Fui às bibliotecas de Treviso e à Cúria para saber onde havia pontes de ferro austríacas perto de santuários, e os marquei num mapa. Ao atravessar a primeira ponte, entrei no Santuário da Madonna di Livenza, assisti à missa, e fui falar com o padre, que me levou à pia batismal, e me disse:

-Guarda, qui i tuoi sono stati battesati!

Esperei um bom tempo para que me mostrasse os documentos, cujas inesperadas páginas marquei com lágrimas de emoção”.


Fonte:
CORREIO RIOGRANDENSE – Cultura da Imigração, página 16, Cláudia Antonini-Comunicadora-Porto Alegre.

Claudia Antonini


Mestre em Relações Públicas Européias, em Roma, e bacharel em Comunicação Social, Relações Públicas, na PUC-RS. Cursou especialização para Professores de Italiano na Universidade de Perugia, Itália, e no Brasil, seguiu cursos de Cerimonial e Protocolo, Publicidade, Marketing Cultural e Comunicação de Empresas entre outros. No Brasil trabalhou como RRPP na TV Bandeirantes e em agências de publicidade do RS e SC e na Itália trabalhou no Studio Magnani e no Ente Fiera da Prefeitura de Verona. Foi operadora do Patronato Assistencial ITAL, da Unione Italiana Lavoratori, na sede de Porto Alegre. Desde 1997 tem Studio especializado em processos de Cidadania Italiana. Experiente tradutora, versou livros publicados e atua constantemente como profissional de tradução simultânea.